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O custo de manter um caminhão em boas condições é bastante elevado, e os motoristas profissionais e frotistas sabem disso. Além dos gastos com combustível, pneus e manutenção preventiva, há também os custos com alimentação e os imprevistos que podem pesar no bolso do proprietário.

Viajar com o caminhão vazio acaba sendo extremamente prejudicial tanto para o motorista quanto para a transportadora, pois significa ter apenas gastos e nenhum retorno financeiro com a viagem. No entanto, devido à dificuldade de encontrar fretes lucrativos, muitas vezes é inevitável rodar sem carga no setor de transporte.

Se já é difícil arcar com todos os custos de uma viagem quando o caminhão está carregado e gerando lucro para o proprietário, imagine a situação daqueles que são obrigados a trafegar vazios, acumulando apenas despesas. Portanto, é crucial considerar alguns pontos importantes e evitar essa situação sempre que possível.

Aqui estão listadas as seis principais desvantagens de rodar com o caminhão vazio, para ajudar você a compreender melhor os prejuízos envolvidos nessa prática:

  1. Mais custos e nenhum retorno financeiro:
    Viajar com o caminhão vazio resulta principalmente em prejuízos financeiros. Como mencionado anteriormente, há uma série de despesas associadas à manutenção regular do veículo, incluindo combustível, pneus, reparos, seguros e até mesmo a desvalorização do veículo. Portanto, é essencial que o caminhão gere retorno financeiro para custear todas essas despesas e ainda proporcionar lucro para a transportadora. Mesmo em viagens curtas, haverá sempre custos envolvidos. Dependendo do tipo de veículo, esses custos podem ser bastante elevados, especialmente considerando o aumento do preço do diesel nos últimos tempos. Além disso, a extensão do território brasileiro agrava a situação, transformando qualquer deslocamento vazio em uma longa jornada. Muitas vezes, os motoristas são obrigados a retornar aos pátios das empresas sem carga, para evitar perder ainda mais tempo e dinheiro esperando por novos fretes de retorno.
  2. Desgaste do veículo:
    Outra preocupação para as empresas é o desgaste do veículo. Embora seja uma consequência natural do uso, é fundamental que esse desgaste seja compensado pelo valor do frete e pelo lucro da transportadora. Embora o desgaste seja menor quando se trafega com um caminhão vazio, não se pode negar que haverá algum tipo de deterioração, especialmente em relação aos pneus e aos fluidos do motor, que precisarão ser substituídos com mais frequência. Além disso, a quilometragem percorrida afeta diretamente a desvalorização do caminhão. Quanto mais o veículo circular vazio, maior será sua quilometragem e, consequentemente, sua desvalorização.
  3. Risco de acidentes:
    Para muitos motoristas, pode não parecer haver uma relação direta entre viajar com o caminhão vazio e o aumento dos riscos de acidentes. No entanto, isso é verdade devido à redução do peso do veículo, o que afeta sua estabilidade e capacidade de frenagem devido ao menor atrito dos pneus com o solo. Além disso, é comum que os motoristas acelerem mais durante as viagens com o caminhão vazio, na tentativa de economizar tempo. No entanto, esse comportamento aumenta os riscos de acidentes e danos ao veículo.
  1. Danos ao meio ambiente e às estradas:
    Além das desvantagens diretas para a transportadora e o motorista, viajar com o caminhão vazio também causa danos às estradas e ao meio ambiente. Como os caminhões são veículos pesados de grande porte, mesmo quando estão vazios, podem causar danos significativos às rodovias. Portanto, circular sem carga prejudica a infraestrutura das estradas, afetando o dia a dia de todos que as utilizam. Além disso, há os danos ambientais causados pela emissão de gases poluentes, resultantes da queima de diesel, o principal combustível utilizado no transporte rodoviário de cargas. Em um cenário empresarial em que a sustentabilidade é cada vez mais importante, as transportadoras devem se preocupar com o impacto de suas atividades, especialmente quando seus caminhões trafegam vazios.
  2. Perda de produtividade:
    O caminhão é uma ferramenta de trabalho essencial tanto para motoristas autônomos quanto para empresas de transporte. Portanto, quanto mais tempo o caminhão passar circulando vazio, maior será a perda de produtividade e as consequentes perdas financeiras. É comum que os motoristas enfrentem dificuldades para encontrar fretes que compensem os custos da viagem. Essa situação é frequente nos grandes terminais de cargas e portos do Brasil, prejudicando a rentabilidade dos motoristas, das empresas e afetando toda a cadeia logística que depende do transporte rodoviário.
  3. Gastos com pedágio:
    O transporte rodoviário no Brasil é complexo, com uma extensa malha rodoviária em grande parte privatizada. Isso significa que as empresas do setor precisam arcar com os custos dos pedágios. Viajar com o caminhão vazio se torna ainda mais prejudicial, uma vez que, mesmo nessas condições, é necessário pagar pedágio para trafegar em determinadas rodovias. Embora a recente mudança na legislação tenha concedido isenção do pagamento de pedágio para eixos suspensos, reduzindo os custos das viagens quando o veículo está vazio, a cobrança de pedágio permanece para os eixos em contato com o solo. Isso resulta em gastos significativos para caminhões maiores, com grande quantidade de eixos, como os bitrens.

Como fica evidente, viajar com o caminhão vazio representa uma grande desvantagem tanto para o motorista quanto para a empresa transportadora. Essa situação aumenta os riscos dos transportes, fragiliza a atuação das empresas e dos motoristas, e dificulta principalmente a situação financeira de ambos.